"Como pode alguém tornar-se um pensador sem passar pelo menos um terço do dia sem paixões, pessoas e livros?"

Nietzsche (1882)

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Teia Social


Para responder aos preceitos pós-modernos de encurtamento de distância entre indivíduos e atender ao fluxo quase supersônico de informações e experiências, redes  sociais; para ilustrar nossas dependências mais triviais, como a cibernética, as teias. A partir desse raciocínio inicial, colocando em situações quase antagônicas dois verbetes de mesma semântica – teia e rede – começamos a perceber, aos poucos o tom denso e anti heroico que envolve esta obra do cineasta David Fincher (“Clube da Luta”, “O Curioso Caso de Benjamin Button”), “A Rede Social”(vencedor de 3 Oscar®, disponível em DVD), que narra a história do processo de idealização e criação de uma das ferramentas de comunicação mais revolucionárias em âmbito global – o Facebook, bem como os conflitos que cercavam seu mentor, Mark Zuckerberg.
Adaptado do best-seller “The Accidental Billionaires” de Ben Mezrich, a película direciona-se por si só por trazer o lado ‘b’ da atmosfera acadêmica, dos quartos e (também) submundos de Harvard para retratar as frustrações “socioamorosas” dos então amigos Mark Zuckerberg e o brasileiro Eduardo Saverin, os quais, entre cervejas e fórmulas algorítmicas, começam a desenvolver uma espécie de protótipo do futuro website, o Facemash, no qual eram postadas enquetes que “selecionavam” as garotas mais bonitas da Universidade. Do acalorado frenesi gerado no campus pela brincadeira misógina, vem à luz – de outros, a propósito – o projeto de criar um site de relacionamentos onde fosse possível para os alunos, a priori, compartilharem entre si informações e experiências pessoais de forma instantânea e segura. Era quase um live-blog.
Um plano audacioso, cuja intenção era primeiramente dar vazão a uma rejeição social crônica, e como “reply”, Zuckerberg consegue adicionar aos seus amigos nada menos que a quantidade referente a terceira maior população mundial: 500 milhões. Surgira, aí, a Nova Roma (?): o Facebook. Em seis anos, os paradigmas referentes à organização global são redesenhados; as  relações interpessoais permeiam entre o toque desconhecido e a intimidade virtual. Em seis anos, uma nova vertente da cultura é concretizada: a cibernética, agregada à instauração da febre dos sites de relacionamentos e, junto a esta, o despontar do mais jovem bilionário do mundo. Lógico que nesse pacote não deixariam de estar incluída a fama, os processos de roubo intelectual assim como charlatães falidos com o desejo singelo de ter seu lugar ao sol no show bizz.
Um gênio nunca pode ser feliz sozinho; ele precisa de público e spotlights para expressar sua tendência a exclusão e ao desprezo alheio. E é sob essa perspectiva que a trama de Fincher é – acertadamente – construída, sem recorrer a subterfúgios apelativos que por natureza o próprio site já possui. Com exceção da interpretação rasa de alguns atores do elenco, como Justin Timberlake, a (des)construção da narrativa carregada de flashbacks, em consonância com a talentosa (apesar de ainda não maduro o suficiente para extrair o melhor de si) e eloquente atuação de Jesse Eisenberg como Zuckerberg, além de apresentar-se coerente em sua proposta de deixar que a metalinguagem responda as questões suscitadas no filme, esta trabalha a inteligência do espectador a ir muito além da máxima do herói trágico, que busca o isolamento para, paradoxalmente, ser compreendido, aceito e bem-sucedido; Fincher aproxima o personagem em constante insegurança ideológica a uma realidade que a visão linear humana não alcança totalmente: a escolhida da vez foi o mundo virtual (em “Clube da Luta”, por exemplo, esse “duelo do self” é notado através da promoção de duelos gratuitos como válvula de escape para expelir a insatisfação com o sistema Capitalista ). Conceito abstrato ainda não dominado por todos (apesar de muitos fazerem uso deste), mas que apresentam características tão  coabitáveis, sociáveis  e destrutivas quanto nossa modernidade líquida.
É dessa descoberta da possibilidade de interação que surge a necessidade de um vício.    


A Rede Social - Trailer Legendado                                                   

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

The Big Shade


Ah, que momento prazeroso e relaxante é o ritual de limpeza; talvez este seja o mais ansiado por nós, humanos; é um quase renascimento, fênix, onde as impurezas impregnadas são levadas através do ralo, simples assim. E essas impurezas podem ser sim, de ordem fisiológica, genética, social, étnica, política. E essa busca pela pureza também inclui, muitas vezes, até esta própria pessoa quem escreve.
O cineasta Martin Scorsese
Essa quase brincadeira “self-positivista” foi inteligentemente dirigida por Martin Scorsese, em um de seus primeiros filmes, o curta “The Big Shave”, de 1967. O uso da estética extremamente ‘clean’, sempre simbolizada pelo excesso da cor branca, o jazz suave no  plano de fundo, um homem (branco e aparentemente bem cuidado) entra no banheiro para fazer a barba... tudo nos leva a pensar que estamos diante de mais um estereotipado comercial de TV, com a intenção de vender algum produto de higiene pessoal; no entanto, da primeira gota de sangue até as cenas explícitas de automutilação, percebe-se que, além da fachada de bom-mocismo, de civilização ilibada, seja o que for, existem seres consumidos, pesados, ardentes que nem o sangue jorrado, mortos pelo excesso (ou falta) de civismo.
Seria esse o "grande" destino da civilização humana? Um pouco de humor negro não faz mal...
Seria ingênuo achar que este curta poderia ficar preso a um determinado evento histórico no tempo (afinal, o título alternativo deste, “Viet ‘67”, permitia essa visão; não é à toa que o objetivo principal do filme é criticar metaforicamente a participação massiva norte-americana na Guerra do Vietnã, a qual levou à morte quase 60 mil homens), já que a sujeira (e o ato de livrar-se dela), em todas as épocas, é apenas uma questão de perspectiva.


domingo, 15 de agosto de 2010

Cinema São Luiz (Recife) - Programação 14-20 ago 2010


O Cinema São Luiz mais uma vez abre as portas para aqueles interessados em curtir filmes com qualidade pagando pouco_ além, é claro, de apreciar um dos maiores patrimônios artísticos do Estado de Pernambuco. Veja abaixo a programação dessa semana:
    
   
À PROVA DE MORTE

(Death Proof, EUA, 2007) De Quentin Tarantino. Com Kurt Russel, Zoe Bell, Rosario Dawson, Vanessa Ferlito. Em dois momentos diferentes, oito mulheres sensuais serão perseguidas e atromentadas por um dublê assustador que usa suas habilidades com carros para executar seus planos de assassinato. 114 min/ PlayArte/18 anos.


O CASTELO ANIMADO

De Hayao Miyazaki. Com Chieko Baiko, Takuya Kimura, Akihiro Miwa, Tatsuya Gashuin, Ryunosuke Kamiki. A Bruxa das Terras Desoladas fica enciumada quando o belo mágico Hauru conhece a jovem Sophie e transforma a moça em uma velha. Para desfazer o feitiço, acaba encontrando o castelo de Hauru, que sempre mudava de lugar, e começando uma grande aventura.  119 min./ 10 anos.


MARY & MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE

(Mary & Max, EUA/Austrália, 2009) De Adam Elliot. Com Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Toni Collette, Barry Humphries (vozes). Unidos pela solidão e exclusão, Mary e Max cultivam uma amizade por mais de vinte anos sem nunca ter se visto. Ela, uma menina de oito anos que vive no subúrbio de Melbourne, na Austrália, e ele, um obeso e obsessivo homem de 44 anos que vive em Nova York. Festival Animage 2010/ 90 min./ Livre.



 
PROJETO CINE CABEÇA

O Projeto Cine Cabeça, promovido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, traz mais uma vez ao São Luiz exibições gratuitas de curtas e longas metragens voltados principalmente para a produção cinematográfica pernambucana. O evento não é só aberto aos visitantes em geral, como também aos estudantes de escolas públicas e estaduais (vide marcação de horário com o estabelecimento), que terão a oportunidade de conferir o que há de bom em nossa safra audiovisual.


PROGRAMAÇÃO CINE SÃO LUIZ - 14-20 AGO 2010

SÁB.
DOM.
    SEG.
TER.
QUA.
QUI.
SEX.
10h30
Projeto Cine Cabeça
Sessão Infantil: “O Castelo Animado”





NÃO HAVERÁ EXIBIÇÃO




14h
Projeto Cine Cabeça
Sessão Infantil: “O Castelo Animado”
Mary & Max
Mary & Max
Mary & Max
Mary & Max
16h30
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
19h
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte
À Prova de Morte



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

“Um Ave para a arte e toda a sua força e (en)canto”

Há quem diga hoje que a música e a palavra (no sentido tanto artístico quanto estético) perderam a sua essência pueril, simples, e que estamos vivendo uma crise das composições e da indústria fonográfica em si, sendo bombardeados todos os dias com hits e jingles calculadamente criados para lucrar e causar euforia às genitálias e alienação de pensamento da massa.
Chico Buarque durante a gravação do filme

  Mas é através do filme “Palavra (En)Cantada” que se tem a percepção de que nem tudo está perdido. O documentário, lançado este ano (2009), faz uma “cronologia atemporal” da história do cancioneiro brasileiro e suas vertentes, que vão desde o rigor formal e o lirismo dos poemas provençais à simplicidade e rapidez de raciocínio dos repentistas e dos rappers; dos morros boêmios e nostálgicos do Rio às antenas dos mangues recifenses; da temática bem comportada e burguesa da Bossa em tempos de copa à ousadia e rebeldia da Tropicália em tempos de chumbo. Enfim, todas essas são apresentadas ao público charmosa e elegantemente (sem, no entanto, ser pedante ou algo do tipo) por meio de um riquíssimo e extenso acervo de imagens (para fetichista nenhum reclamar), além de ter ganhado um olhar especial de artistas consagrados como Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhotto, Chico Buarque, Jorge Mautner, José Celso Martinez, Lenine, Tom Zé entre outros, focando principalmente nessa relação íntima que existe entre a poesia e a música através dos tempos.
  
Como diria Machado, música e literatura parecem realmente “se amarem e casarem”. Tanto é que a fusão entre essas duas, como tão bem soube imprimir na película a diretora Helena Solberg, resulta no que pode se chamar de resistência cultural; esta que, ilustrada tanto pelos gêneros musicais já citados quanto por outros que não foram “lembrados” durante o filme (como o forró, por exemplo) – mas não menos importantes; além de se postar como uma contracorrente aos clichês e tendências impostas pela fonografia atual, ainda tem poder suficiente para preservar – e disseminar – o que há de melhor no brasileiro: essa malemolência, essa ginga e sensibilidade ao brincar com os sons, com as letras, com a língua. É definitivamente uma magia sonora que chega aos nossos ouvidos.
A poetisa Hilda Hilst e o músico Zeca Baleiro em cena
  
Dotado de um clima leve e despretensioso, “Palavra (En)Cantada” é destinado a ativar toda a sinestesia que há no nosso corpo (e alma, por que não). Um filme que sempre nos fará lembrar que, antes que queiramos ser uma unidade compacta, completamente bitolada à modismos e ideias sujas e ultrajantes, somos, sobretudo, mistos e únicos, e é isso que nos faz conservar nossa multiplicidade musical.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O mito e o caos



Caos. Qual o sentido, a vantagem dessa teoria? É que a partir desta, que é resultado, a propósito, de múltiplas ordens, somos capazes de aplicar pontos de vista diferentes e inesperados para cada situação muitas vezes dogmática, fazendo de nós, mortais, seres multifacetados e céticos a qualquer crença preestabelecida. Não, este não é um prelúdio a um discurso ateísta. Mas pode ser útil como um “plano de ação” para interpretar com sensatez um filme tão cheio de nuances e sensualidade que é “Coco Chanel & Igor Stravinsky”, exibido em nove cidades brasileiras durante o Festival Varilux de Cinema Francês 2010.

O enredo se situa na glamurosa e atraente Paris das primeiras décadas do século XX, curiosamente, no início da decadência de sua belle époque. O escândalo e o furor causados pela música e coreografia da composição “Le Sacre Du Printemps” (A Sagração da Primavera), de Igor Stravinsky, considerado pela grande maioria presente um ato de imoralidade, servem de pano principal para o início de um relacionamento – mesmo que distante – entre Coco Chanel, ainda uma simples empresária, e aquele compositor então “revolucionário”. Sete anos depois, Coco, agora estilista influente, viúva e rica, decide bancar a carreira de Igor, este que passava por dificuldades financeiras com a sua família, além de ter uma esposa constantemente doente, com tuberculose. Daí iniciaria-se um tórrido affair (o uso da palavra ‘tórrido’ é sim, intencional, como contraposição às sinopses que sempre seguem a linha do amor romântico, o que definitivamente não existe nesse filme) entre os dois artistas; um fervente cenário para ambientar a fase mais criativa daqueles dois seres. 

Bom, até agora parecemos nos deparar com mais uma história de triângulo amoroso, de infidelidade masculina, onde este sempre sai com sua integridade por cima; uma versão de roteiro linear mais tragável, aceitável por uma sociedade tradicional (em pleno século XXI). Mas alguns pontos precisam aqui ser considerados. Primeiro: a mulher. Coco, interpretada lindamente por Anna Mouglalis, apresenta-se não com uma figura ressentida com seu passado e reprimida pelos convencionalismos, e sim como alguém sujeita de si mesma, que realmente sabia assumir seu papel de mulher no Reino Animal (sim, não nos esqueçamos dessa nossa condição): um ser “antes de tudo forte” (lembrando Euclides da Cunha), ousado, incapaz de sentir algum tipo de culpa por provocar uma separação conjugal; para ela, sexo é concretista, e verdadeira paixão só pela subversão, seja na moda – seu maior campo de atuação – ou nos brios masculinos. E ela se permitia sim, ser má.

Segundo: o homem. É fato que Igor Stravinsky (Mads Mikkelsen) dotava de uma mente visionária, a frente do seu tempo, que sabia usar da influência clássica para chocar os ouvidos da maioria. Musicalmente falando. Em confronte, havia também outro personagem coexistindo – um cristão ortodoxo, casado com uma mulher submissa, quatro filhos, perfeccionista, galante e de valores conservadores; em suma: um típico russo patriarca de início de século – aparentemente progressista. O embate para ele era lidar com essa dupla moral num mundo onde a 1ª Grande Guerra trouxe mudanças que não se resume apenas ao contingente populacional.
Anna Mouglalis e Mads Mikkelsen em cena 
Terceiro: a relação. Algo que apenas a Física explica, talvez até noções de Biologia possam ter alguma influência, no entendimento do antagonismo homem-mulher, assim como o Black-and-White, onde ambos, num mesmo espaço, lutam entre si para defender seu gênero, deixando-se consumirem por uma forte atração sexual (literalmente) a fim de descobrir qual destes resistiria com mais versatilidade às opressões sociais. Agora a “simples história clichê” já não é tão clara e previsível quanto aparentava ser; pois entre duas visões contraditórias (ela querendo ser mulher e ele mantendo seu homem), existem milhares de ângulos, que se caleidoscopeiam (com a permissão do neologismo), em um sincretismo de atos primitivos e contemporâneos que realçam nosso instinto mais profundo.

Provocante; não há palavra mais ideal que sintetize “Coco Chanel & Igor Stravinsky”. Não só por colocar em pauta a questão da independência feminina tanto profissional quanto sexual (todos os méritos ao diretor Jan Kounen, o qual soube trazer o tema com bastante sutileza, sem a pretensão, todavia, de se sobrepor ao “maior reconhecimento” adquirido pela outra biografia sobre Chanel, “Coco antes de Chanel”, indicado ao Oscar 2010 por melhor figurino); como também por perceber o tamanho choque causado decorrente do fato de que muitos ainda não estão preparados para aceitar e compreender a igualdade de gêneros (herança misoneísta nossa, infelizmente), personalidades capazes de serem caóticas, de desequilibrar, de transcender – assim como foi o mito Gabrielle “Coco” Chanel.

Dez maneiras de quererem você

Você conhece o autor desse poster abaixo?



Seu nome é James Montgomery Flagg, um ilustrador americano que viveu na primeira metade do século passado. Ainda não fazem ideia de quem seja? Bom, era de se esperar que essa resposta surgisse. Mas acredito que, a partir da imagem a seguir, todos vão reconhecê-lo:



É ele mesmo; o homem que imortalizou a figura, o mito do Tio Sam e o nacionalismo ufanista - e autodestrutivo -  americano (Graças a Deus que essa qualidade não só pertence a gente!). Bom, lembrando dessa imagem um dia desses, pensei como seria interessante expor algumas das milhares de paródias referentes à imagem. Se elas causarem risos, bom pra quem se distraiu com elas. Porém é importante lembrar que o ser humano é o único capaz de rir da sua própria desgraça.
So, there we go:





Consumamos um pouco da safra audiovisual ianque para entendermos  melhor esse sutil desejo de domínio e a lacuna existencial que essa proporciona...e olha só que engraçado...não serão nossos amigos Darth Vader (Star Wars) e Tyler (Clube da Luta), ilustrados acima, curiosas metáforas dessa (in)feliz realidade?

Próximo:
 
 Um dos cartazes mais metalinguísticos que eu já vi. Portanto, comentários não são necessários aqui.

  
Não sei por que, mas essas imagens me fizeram lembrar de um treccho da música Rebel Rebel, de David Bowie: "Rebel rebel, your face is a mess / (...) how could they know?" (Rebelde rebelde, sua cara está uma bagunça / como eles poderiam saber?)


  
"Era um garoto, que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones / Girava o mundo, sempre a cantar, as coisas lindas da América..."


Já que, querendo ou não, os brasileiros ainda conservam aquela reminiscência frustrada de que "aquela taça poderia ser nossa outra vez..." nada mais apropriado incluir essa imagem. "We're all Africa", mas adivinha para quem vai a maior parte do bolo??



Bom, pelo menos não são só os europeus que tem medo de perder sua hegemonia social....

E, por fim: 


 Será esse é o fatídico destino da sociedade global?

domingo, 8 de agosto de 2010

Boas Vindas


Hello folks! Gostaria de saudar a todos que visitarão esse blog, e deixar claro que ele pertence a todos aqueles que desejam ter uma visão diferenciada diante da proposta de vida fast e fútil imposta por nossa sociedade pós-moderna. Não queiramos agir duplipensadamente* (com a permissão do neologismo), somos atores da nossa própria realidade. Então, se você é daqueles que desejam dar vazão ao seu expressionismo juvenil, sintam-se à vontade pra opinar, discutir, divulgar trabalhos e projetos ligados a qualquer gênero, pois nenhum conhecimento constrói-se isoladamente, e quanto mais pessoas começarem a entender que ela pode ser um diferencial, e que talento é questão de dedicação e trabalho, ainda podemos manter a esperança de deixar um lugar mais consciente (nem diria puro, porque pensar em pureza em perfeição em todos os sentidos é querer ser um defensor extremista de Rousseau, ou reavivar a ideia de Sociedade Utópica), para as futuras gerações. Vamos trazer essa inspiração para fora através da maneira mais viável e criativa que o ser humano encontrou para definir (ou pelo menos chegar perto disso dessa conquista) sua personalidade: a arte, em toda sua completude. Ela será nosso norte para não entrarmos numa possível Terceira Guerra - essa que será estruturada no controle de pensamento e na persuasão (talvez nós já a presenciamos, não acham?). Não deixemos que um "Grande Irmão" continue pensando pelos outros, necessitamos do compromisso primeiro de perenizar ideias e realizações que tenham real efeito em nossas vidas.
"O importante é ter fé", independente de qualquer crença.
My best regards,
   Poliana Dantas

* A palavra acima, toma inspiração no verbo "duplipensar" (ou double think pra quem preferir), citada pela primeira vez no livro 1984, de George Orwell (escrito curiosamente em 1948), livro que consagrou a expressão tão conhecida por nós atualmente, "Big Brother". Vai aí a sugestão de leitura.